Mass Effect: Andromeda ainda não foi lançado, mas alguns jornalistas especializados já estão discorrendo longamente sobre o novo jogo da BioWare em críticas muito diversificadas.

Na aventura, Ryder, o personagem principal do jogador, que pode ser homem ou mulher, encara a função de Pathfinder: um desbravador do universo que deve encontrar uma nova moradia para a humanidade na galáxia de Andrômeda.

Os jornalistas que receberam cópias prévias distribuídas para a imprensa estão publicando análises iniciais sob algumas regras da empresa, já que imagens, vídeos e análises devem contar apenas sobre as primeiras horas do jogo, até a chegada da data do lançamento.

Mas nem isso foi suficiente para acalmar algumas críticas. John Walker, do Rock Paper Shotgun, publicou a análise prévia mais apimentada até agora. Com duras críticas sobre Mass Effect: Andromeda, o especialista aponta uma dezena de problemas.

Para Walker e diversos outros especialistas, o jogo pecou em muitos aspectos como o roteiro, com história muito fraca, um design de interface ruim, personagens superficiais e sem emoção, inteligência artificial muito fraca e até um(a) personagem principal sem contexto nem profundidade.

Personagens de Mass Effect: Andromeda apresentam problemas de expressão facial e animação.
Personagens de Mass Effect: Andromeda apresentam problemas de expressão facial e animação.

Já do outro lado, alguns analistas como Paul Tassi, da Forbes, apontaram o jogo como divertido e satisfatório até o momento. O aumento da dificuldade foi um dos pontos positivos, que cobram mais do jogador e, apesar de alguns momento reconhecidamente ridículos, Tassi e alguns colegas acharam que a história em si segue um caminho bom.

Como ponto positivo o combate foi evidenciado como, talvez, o melhor da série, com sistemas realmente funcionais dentro da proposta de mundo aberto do novo jogo da franquia. Além disso, outro ponto positivo ligado ao sistema foi a implementação de diversas possibilidades de engajamento com os inimigos, com ataques diretos, de forma silenciosa ou até utilizando técnicas de longa distância. Um ponto positivo sim, mesmo sem trazer qualquer inovação marcante para a tecnologia atual.

Mas a característica mais unânime até o momento foi a modelagem dos personagens. E ela não parece nada boa! O assunto vem gerando comoção, vídeos e memes na Internet, o que deu um caráter de piada ao trabalho de animação do jogo.

Para um jogo de 2017 a renderização gráfica e a animação parecem terem deixado muito a desejar. “Os modelos humanos não são bons e parecem bonecas de plástico assustadoras sob certa iluminação”, afirmou o Paul Tassi, enquanto Jarred Walton, da PC Gamer, enfatizou que “para ser honesto, os personagens estão feios. Aqueles olhos… não olhe para eles, pois parecem mortos, sem vida. Não sei dizer nem se as paisagens parecem melhores do que nos demais jogos da série, mas este é o mesmo motor gráfico de Battlefield 1 e o Mass Effect: Andromeda parece significativamente pior.”

Para comparação, o YouTuber xLetalis publicou uma comparação impressionante sobre os jogos da série, bem como as expressões faciais de The Witcher III, mas recente:

Outros detalhe que não fez muito sucesso até agora foi a atuação dos companheiros de Ryder, chamados Liam e Cora, “dois personagens que, até agora, simplesmente não significam nada para mim”, afirmou Paul Tassi. “Nos outros jogos da série era difícil escolher quem levar com você. Agora eles dizem umas coisas idiotas, mesmo durante o combate”, reforçou Tim Clark, da PC Gamer, “Não consegui gostar de nenhum deles”, concluiu o assunto.

A história de Mass Effect: Andromeda

Outro ponto importante levantado pelos analistas foi a história do jogo. Uma nova jornada em uma nova galáxia, 600 anos depois de Mass Effect 2, com um propósito mais profundo e menos aflitivo do que salvar raças da aniquilação. Tudo isso parece um banho de novidade para a série Mass Effect, algo que  levantou o ânimo do público desde a revelação dos primeiros trailers.

É importante salientarmos que as análises prévias publicadas até o momento compreendem, em média, até 5 ou 6 horas de jogo. Poucos jornalistas foram além disso e, claramente, poucos se sentem confiantes o suficiente para dar um ultimato. Mas muitos apontam estas primeiras horas também negativamente.

E, por incrível que pareça, a história foi uma das principais reclamações dos jornalistas até o momento. A mídia se divide entre os que afirmam estarem realmente curtindo a história como um todo, mas com alguns problemas sérios de engajamento, e outros que apontam o roteiro como fraco ou incompleto.

“A BioWare, tão conhecida pelas boas histórias, parece ter decidido não mostrar nem contar nada para nós, mas apenas assumiram que aceitaríamos os personagens”, afirmou Tim Clark sobre o assunto.

As missões secundárias também figuraram entre as reclamações, com críticas sobre a falta de relevância e até mesmo de motivo para cumpri-las. “Fazer nada, indo de um ponto a outro do mapa, escaneando objetos quando mandarem e reunindo itens até completá-las, sem acrescentar nada relevante para a narrativa”, conforme explicou John Walker.

Sabendo que estamos apenas nas primeiras horas – e análises! – do novo Mass Effect: Andromeda e que a série é conhecida por ganhar ritmo com o tempo, esperamos ver algumas sacadas geniais da BioWare no decorrer da trama.

Mass Effect: Andromeda será lançado no dia 21 de março para o PlayStation 4, Xbox One e PC.