Os estúdios Infinity Ward, de Call of Duty, e Beenox sofreram demissões em massa nesta semana, com perda de 5% da equipe total da Activision Publishing.

Ao menos 20 pessoas foram desligadas do estúdio Infinity Ward, além de outras demissões em áreas distintas da empresa que desenvolveu o último jogo da franquia Call of Duty: Infinite Warfare. Um corte considerável para um estúdio específico dentro da rede da Activision.

A Activision confirmou há alguns dias, durante uma reunião com investidores, que Call of Duty: Infinite Warfare “não atingiu o sucesso desejado” e que a tão planejada expansão para o ambiente espacial “não repercutiu entre os jogadores”. A empresa afirmou ainda que “apesar de trazer grandes inovações na jogabilidade, não houve apelo entre os fãs de COD”, confirmando o desgosto em relação aos resultados do game.

O jogo figurou como o mais vendido em 2016 nos Estados Unidos, mas a posição não foi suficiente para equiparar ao sucesso de vendas das edições anteriores. O movimento levou a Activision a anunciar mudanças juntamente com o estúdio Sledgehammer Games, que assina o próximo game da franquia, e promete trazer Call fo Duty “de volta às origens”.

Considerando que o estúdio Sledgehammer Games foi responsável por Modern Warfare 3 e Advanced Warfare, podemos esperar um Call of Duty mais tradicional em sua próxima edição, longe das estripulias espaciais, mechas e tecnologias futurísticas de Infinity Warfare.

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Call of Duty de olho na concorrência

É importante lembrar que a concorrência conta muito quando falamos do mercado de jogos FPS e o grande sucesso de Battlefield 1 e seu “retorno às origens” pelas mãos da EA/DICE, com a ambientação na Primeira Guerra Mundial e jogabilidade tradicional, deve ter chamado atenção da concorrência.

O próximo jogo da série Call of Duty deve ser lançado em outubro de 2017, diferente do concorrente Battlefield, para o qual a EA anunciou um hiato de lançamentos, agora que seus estúdios estão se dedicando à produção do novo jogo da série Star Wars Battlefront, aproveitando o lançamento do novo filme da franquia.

Parece que o “retorno às origens” se tornou a ferramente de atualização dos já profundamente explorados jogos de tiro em primeira pessoa. Veremos o que a série Call of Duty nos trará de novo em 2017.