Após algumas horas jogando o beta de Ghost Recon Wildlands, o que ficou na minha cabeça é: quero ver o resto do trabalho que a Ubisoft realizou. Wildlands aparentemente vai trazer uma revitalização a esta já clássica série, claramente aprendendo com o que funcionou em outras franquias da Ubisoft e se aproveitando da recente popularidade de conteúdos sobre narcotráfico na América do Sul em diferentes mídias.

A trama é até comum: você controla um agente de operações especiais com uma enxuta equipe infiltrada na Bolívia, com o objetivo de derrubar um grande cartel de drogas e trazer a paz americana ao sofrido povo Boliviano. No desenrolar da narrativa, ao decorrer do jogo, você descobrirá mais sobre diversos personagens e facções, através de vídeos e artigos que coleta pelo mapa.

Uma das grandes características da série Ghost Recon são seus ataques sincronizados e – principalmente – furtivos, e isso se mantém aqui. O game te dá liberdade para resolver as missões e derrubar postos de controles inimigos da forma como bem entender, porém claramente a melhor forma de resolver a maioria é através da furtividade.

Ghost Recon Wildlands te dá total liberdade para explorar seu gigante mapa, induzindo o jogador a realizar as missões em determinada ordem através de uma progressão de dificuldade entre as áreas e um sistema de evolução e aquisição de novos equipamentos, mas, pelo beta, a impressão que temos é de que, se você quiser, pode se adiantar e ir direto para as áreas mais difíceis do jogo. No beta aberto apenas duas áreas estavam liberadas.

Falando em territórios, a reprodução visual da região Boliviana é algo feito com extremo capricho. A Ubisoft se atentou e trabalhou duro para fazer uma reprodução extremamente fidedigna, principalmente com relação às regiões famosas como o deserto de sal.

A reprodução visual do território Boliviano em Ghost Recon Wildlands é algo feito com extremo capricho.
A reprodução visual do território Boliviano em Ghost Recon Wildlands é algo feito com extremo capricho.

A progressão do personagem se dá cumprindo missões e ganhando pontos de experiência em geral. Evoluindo, você ganha pontos que lhe permitem comprar novas habilidades de algumas árvores de evolução, como utilizar paraquedas, melhoria da estabilidade da mira, melhoria de vitalidade e assim por diante. Além disso, o jogo traz uma grande variedade de armas e personalizações para elas, conseguidas através de coletáveis espalhados por todo o mapa. Em algumas bases inimigas é possível, por muitas vezes, rastrear onde estes coletáveis poderem ser encontrados, assim como recursos para os rebeldes e pontos de habilidades. O beta mostrou também que o game vai contar com uma grande variedade de veículos para facilitar a locomoção por seu grande mapa, que vão desde aviões e helicópteros até barcos, carros e motos.

Uma boa surpresa foi seu modo online. No beta aberto já é possível desfrutar deste recurso, que funcionou muito bem. Ao tentar entrar em uma partida, rapidamente fui alocado em um jogo co-op no mapa de outro jogador, e realizar as missões coordenadas com outros jogadores deu um gosto ainda melhor à jogatina. A princípio o multiplayer é apenas co-op, e ainda não existe confirmação de um PvP.

Ghost Recon Wildlands será lançado no dia 7 de Março para PlayStation 4, Xbox One e PC e, pelo que observei durante este teste, trará uma nova cara à franquia, mantendo suas características essenciais de shooter tático e furtivo.