Uma coisa que temos visto na maioria esmagadora dos jogos hoje em dia é como algumas produtoras estão colocando uma quantidade absurda de recursos e customização em todos os pontos possíveis dentro de sua interface, seja na personalização do avatar, na famosa “skills tree” (ou árvore de habilidades), camuflagens em armas, acessórios diversos e variações de todos os tipos.

Aí você pode chegar e dizer: “Mas isso é bom para nós! Porque complicado?”. Parando pra analisar, realmente este lado de variação é algo bom para a comunidade: podemos personalizar (no sentido real da palavra) o nosso estilo de jogo e aparência das personagens, dar a nossa cara nas coisas. Ponto pras desenvolvedoras! Mas vamos pensar no outro lado da moeda?

Como tudo na vida, isso também vem acompanhado de pontos negativos. A maior parte dos grandes jogos de hoje possui sua loja virtual, onde é possível comprar todos os aspectos de customização citados e onde – salvo exceções – você é coagido ao máximo a adquirir “pacotes” que contém certos itens. Claro que ninguém é obrigado a comprar nada, mas pense conosco: porque eles não disponibilizam estes conteúdos logo no lançamento ou ao longo da vida útil do jogo sem cobrar dos usuários? A resposta é simples: porque existem pessoas que compram e, como em qualquer empresa, o lucro é um dos principais objetivos. Já temos exemplos aos montes nos mobiles, onde isto ocorre em peso, mas tal tendência existe também nos consoles, como vemos em FIFA, Call of Duty e vários outros gigantes.

Outro ponto que vale a pena citar é justamente a “complicação” da jogabilidade que as empresas vêm adotando. Aquela simplicidade de pegar seu controle e jogar vem cada dia mais se perdendo e ficando a ver navios. Novamente, isto traz benefícios também, mas o objetivo número um de qualquer plataforma é entreter e divertir, e o que vemos hoje é uma gama de recursos, movimentos, botões de ação, etc., tão grande que acaba desnorteando qualquer um que não conheça e se aprofunde na mídia. Jogadores sempre irão procurar a sensação de conquista em qualquer jogo, mas essa massa de objetivos às vezes acaba sendo prejudicial, pois acaba tornando mais difícil atingir o ápice, o 100%, o antigo “zerei” tão sonhado.

E o que você acha? Essa enorme diversidade é válida? É justo que as produtoras nos cobrem por esse tipo de conteúdo? Compartilhe sua opinião conosco!

Autor: Victor André (@victorrego99)